Desenvolvimento e importância das Faculdades de Filosofia no Plano Educacional Brasileiro de 1936 a 1950
Resumo
As faculdades de filosofia ocupam na história da cultura e das ciências do espírito, lugar fundamental. Um retrospeto histórico evidenciará como a cultura ocidental e suas ramificações remontam, em suas origens, à antiga Grécia partindo das criações poéticas de Homero e Hesíodo e demonstrará, igualmente, como a formação musal deu início às “sete artes liberais”. Esta última tinha por fim: “conferir ao indivíduo uma receptibilidade múltipla e sutil para os bens espirituais comuns” (1). Trata-se, neste particular, de uma iniciação elementar na aquisição dos “bens espirituais comuns” que devem ser considerados fundamentais para qualquer desenvolvimento da vida de espírito. Entre êstes “bens espirituais comuns” figuram, primeiramente, os seguintes elementos: lêr, escrever, leitura, decoração de textos, canto e música, a que se juntou mais tarde a instrução ginástica. À instrução musal e ginástica tinha ainda por finalidade preparar a juventude para a vida e suas múltiplas exigências de modo que a mocidade soubesse dirigir sua vida sem auxílio alheio.