Os artifícios da voz: Francisco de Paula Brito e a Sociedade Petalógica

Autores

  • Bruno Guimarães Martins Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22484/2318-5694.2016v4n8p135-149

Resumo

Evitando a dicotomia entre oralidade e escrita, perseguimos na historiografia da imprensa e da literatura por indícios da “voz” ou da “palavra”, assim como sugerido por Paul Zumthor e Michel de Certeau. Para tanto investigamos como o editor pioneiro Francisco de Paula Brito (1809-1861) que desejamos caracterizar como editor a voz, transfigurando-a da polifonia cotidiana para os impressos oitocentistas, especialmente ao publicar os relatos das famosas sessões da “Sociedade Petalógica” entre 1853 e 1858. Com o artifício das petas (mentiras), os membros desta divertida sociedade visavam “contrariar os mentirosos, mentindo-lhes”, o que verdadeiramente tratava-se de uma ação política indireta. Ao analisar este exemplo sociabilidade literária, pretendemos demonstrar que as condições de edição e performance do texto são relevantes para traçar relações entre literatura e realidade cotidiana, especialmente se pensarmos nas condições pouco propícias para a disseminação do texto literário em meados do século XIX.

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Biografia do Autor

Bruno Guimarães Martins, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Comunicação Social

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Publicado

09-12-2016

Como Citar

MARTINS, Bruno Guimarães. Os artifícios da voz: Francisco de Paula Brito e a Sociedade Petalógica. Tríade: Comunicação, Cultura e Mídia, Sorocaba, SP, v. 4, n. 8, 2016. DOI: 10.22484/2318-5694.2016v4n8p135-149. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/triade/article/view/2738. Acesso em: 29 abr. 2025.