Com quantas hashtags se constrói um movimento?
O que nos diz a “Primavera Feminista” brasileira.
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2017v5n10p113%20-130Resumo
Em 2015, várias pautas feministas tomaram visibilidade nos espaços digitais brasileiros de sociabilidade, quando milhões de hashtags chamaram a atenção para questões como feminicídio, assédio sexual, criminalização do aborto, entre outros dilemas sociais que afetam as mulheres no país. De acordo com o Google Trends, campanhas como #primeiroassedio, #meumigosecreto e #mulherescontracunha tiveram mais de 11 milhões de buscas naquele ano. E termos como "feminismo" e "empoderamento feminino" tiveram, respectivamente, suas pesquisas aumentadas em 86,7% e 354,5% neste mesmo buscador. Este trabalho almeja refletir sobre as novas expressões dos feminismos a partir da popularização das Tecnologias de Informação Comunicação (TIC) no Brasil, bem como identificar as tensões que decorrem desse processo. O procedimento metodológico envolveu a análise temática das principais campanhas feministas indexadas por hashtags entre 2015 e o primeiro semestre de 2016. Os resultados mostram que as campanhas focadas na discussão da violência contra as mulheres, especialmente a violência sexual, foram as que mais alcançaram visibilidade durante o período de investigação.
Palavras-chave: Primavera das Mulheres. Ciberfeminismos. Hashtags feministas. Mulheres e TICs.
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