O mundo de todos os mundos
um estudo sobre o encontro de mundos ficcionais na Comic Con Experience
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2022v10id4896Palavras-chave:
mundos possíveis, mundos ficcionais, cultura pop, comum, etnografiaResumo
A Comic Con Experience, que se destaca por ser a maior comic con do mundo, em 2019 passa a se chamar “Comic Con Experience: o mundo de todos os mundos”. Através da etnografia pautada na perspectiva dialógica abordada por James Clifford, o artigo objetiva compreender como esta comic con é capaz de vincular diferentes mundos ficcionais em um só lugar e, assim, assumir esta denominação. O estudo conclui que estes mundos estão concatenados pela cultura pop que, mais do que conter referências a elementos de narrativas, gera afetos responsáveis por dar sentido e movimento ao evento. Ao demonstrar que este vínculo é promovido devido a um “comum” resultante do conhecimento prévio das narrativas da cultura pop, o artigo busca contribuir para a compreensão do conceito de Comunicação abordado pelo pesquisador Muniz Sodré em seu livro a “A ciência do comum: notas sobre o método comunicacional”.
Downloads
Referências
CAIAFA, J. Sobre a etnografia e sua relevância para o campo da comunicação. Questões Transversais: revista de Epistemologias da Comunicação, Rio Grande do Sul, v. 7, n. 14, 2019. Disponível em: file:///C:/Users/Leonardo/AppData/Local/Temp/19775-Texto%20do%20Artigo-60760954-1-10-20200204.pdf. Acesso em: 08 ago.2021.
CARVALHO, J. D. O maravilhoso como mundo (ficcional) possível. Princípios: revista de Filosofia, Natal, v. 20, n. 34, 2013.
CLIFFORD, J. A experiência etnográfica. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2002.
COLERIDGE, S. T. Biographia Literaria. EBook #6081. Project Gutenberg. 2004. Disponível em http://www.gutenberg.org/ebooks/6081. Acesso em: 12 dez. 2020
CONTI, A.; FRAGOSO, S. D. Azeroth na intersecção entre Narratologia e Ludologia: uma análise do mundo de Warcraft orientada pela Teoria dos Mundos Ficcionais. In: SB GAMES, 17., 2018, Foz do Iguaçu. Anais Eletrônicos [...]. Disponível em: http://www.sbgames.org/sbgames2018/files/papers/CulturaFull/187642.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.
DA MATTA, R. O oficio de etnólogo, ou como ter anthropological blues. Boletim do Museu Nacional: Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Rio de Janeiro, 1978. Disponivel em: http://www.ppgasmnufrj.com/uploads/2/7/2/8/27281669/boletim_do_museu_nacional_27.pdf. Acesso em: 01 maio 2021.
DOLEŽEL, L. Heterocosmica: fiction and possible worlds. Londres: Johns Hopkins University Press, 1998.
ECO, U. The role of the reader: explorations in the smiotics of texts. Bloomington: Indiana University Press, 1984.
ECO, U. Lector in fabula. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2002.
FERNANDES, C. S. TRAVANCAS, P. R. Cultura pop e performance: jogos identitários nos eventos de anime. Comunicação, mídia e consumo, São Paulo, v.15, n. 42, 2018. Disponível em: http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/view/1560/pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.
FORT, B. Are ficcional worlds really possible? A short contribution to their semantics. Style, v. 40, n. 3, p. 189-197, Fall 2006.
GEERTZ, C. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
GOLDMAN, M. “Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política e, Ilheús, Bahia”. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 46, n. 2, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ra/a/ZbLf7Zpb9rXF7bqdnd56GPd/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09 ago. 2021
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2000.
LEAL, B.; JACÓME, P. Mundos possíveis entre a ficção e a “não-ficção”: Aproximações à realidade televisiva 1. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 20., 2011, Porto Alegre. Anais eletrônicos [...]. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/biblioteca_1686.pdf. Acesso em: 27 ago. 2020.
LEWIS, D. K. Counterpart theory and quantified modal logic. The Journal of Philosophy, Nova Iorque, 1968.
LEWIS, D. K. Truth In fiction. American philosophical quarterly. Vol. 15, n. 1, Ilinois, 1978.
LEWIS, D. K. On the plurality plurality of worlds. Oxford: Blacwell, 1986.
MAGNANI, J.G.C. Festa no pedaço. São Paulo: Brasiliense, 2009.
NUNES, M. Cena Cosplay: breve narrativas de consumo e memória pelas capitais do sudeste brasileiro. In: NUNES, M. (org.). Cena cosplay: comunicação, consumo e memória nas culturas juvenis. Porto Alegre: Sulina, 2015, p. 23-77.
PAVEL, T. G. Fictional worlds. Harvard: Harvard University Press, 1986.
PEIRANO, M. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 20, n. 42, p. 377-391, jul./dez. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ha/v20n42/15.pdf. Acesso em: 23 abr. 2021.
RYAN, M.L. Possible worlds and accessibility relations: a semantic typology of fiction. Poetics today, Carolina do Norte, v. 12, n. 3, 1991.
RYAN, M. L. Possible worlds in recent literary theory. Penn State University Press, Pensilvânia, v. 26, n. 4, p. 528-553, 1992.
SOARES, T. Cultura pop: interfaces teóricas, abordagens possíveis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO – INTERCOM, 36., 2013, Amazonas. Anais Eletrônicos [...]. São Paulo: INTERCOM, 2013. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2013/resumos/R8-0108-1.pdf. Acesso em: 15 jun. 2020.
SODRÉ, M. A ciência do comum: notas sobre o método comunicacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
VASSALO LOPES, I. et al. Sujeito acadêmico e seu objeto de afeto: aca-fãs de ficção televisiva no Brasil. In: ENCONTRO OBITEL BRASIL, 6., 2017, São Paulo. Disponível em: file:///C:/Users/Leonardo/AppData/Local/Temp/Sujeitoacadmicoeseuobjetodeafetoaca-fsdeficotelevisivanoBrasil-2.pdf. Acesso em: 28 set. 2021.
VITORIO, T. CCXP bate recorde de público e se torna a maior do mundo. Exame, São Paulo, 2019. Disponível em: https://exame.com/negocios/ccxp-bate-recorde-de-publico-e-se-consolida-como-a-maior-do-mundo/. Acesso em: 06 jul. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tríade: Comunicação, Cultura e Mídia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A remessa de originais implica a autorização para publicação e disponibilização on-line sem o pagamento de direitos autorais.
A reprodução de artigos publicados na Tríade só é permitida com indicação da fonte. Utilização de material publicado para fins comerciais é proibida.