A espacialidade da tela vertical nas narrativas digitais contemporâneas e as reconfigurações do aspect ratio no audiovisual
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2020v8n19p177-191Resumo
Ao longo de sua história o cinema adotou diferentes formatos de tela, o chamado aspect ratio, cuja definição sempre esteve a cargo da indústria ou de alguns realizadores de vocação autoral. Utilizando um menor número de variações, a televisão sempre trabalhou com formatos rigorosamente definidos. Entretanto na atualidade o enquadramento da dimensão espacial em dispositivos móveis quando usados para filmagens tende a seguir outros modelos, com predominância da tela vertical, que corresponde à principal modalidade de uso do smartphone ou tablet na captura de imagens. A emergência de narrativas digitais, através de selfies e outras formas de intervenção individual, representa uma viragem ideológica em que “o autor” somos todos nós. Trata-se de uma mudança de paradigma que importa debater e analisar à luz das novas mídias e das narrativas que a suportam, já que os modos de representação da experiência visual não cabem mais nas janelas de confinamento que a indústria audiovisual originalmente destinou a eles.
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