Comunicação, cultura e ideologia impressos nas cédulas de moedas da era Vargas (1930-1945)
Resumo
Esta dissertação apresenta o dinheiro, cédulas e moedas do Estado varguista, entendidos, dentro das teorias da Comunicação, como mídia. O objetivo pretendido foi apresentar como um regime autoritário e populista usou do dinheiro circulante como mídia legitimadora de sua ideologia. Entender o dinheiro como veículo advém de uma leitura feita a partir de um período determinante na construção da modernidade brasileira em que, nem o dinheiro da época - tanto o mil-réis quanto o Cruzeiro - ficou de fora da propaganda ideológica. Paralelamente aos estudos da imagética estampada na moeda, nos valemos de elementos da cultura como música e cinema para compreender o contexto político-cultural daEra Vargas. O Cruzeiro, moeda brasileira instalada no início dos anos 1940, recebeu especial atenção. A partir do conceito de mídia secundária de Harry Pross, entendida como as que lançam mão da técnica e do suporte para comunicar via impresso e que veem o ato da leitura facilitado, uma vez que não é intermediado pela técnica, foram lidos os símbolos estampados na moeda brasileira, o que possibilitou depreender como os mecanismos usados pelo regime batizado de Estado Novo trabalharam para legitimar seu operar naquela mídia, significante real de valor. Mostramos aqui que, para legitimar suas ações, o governo interveio em todos os veículos disponíveis com ação direta da censura. As cédulas e moedas do Cruzeiro foram usadas como suporte imagético do discurso político-ideológico getulista que primou pela exaltação do presidente e do Estado.
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