Políticas da imagem fotográfica em “Elas, Madalenas”
subjetivação e desidentificação de mulheres trans
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2018v6n11p13%20-%2036Resumo
Este artigo visa compreender a relação entre a aparência de mulheres trans e seu respectivo potencial político. A partir dos conceitos de subjetivação, desidentificação, estética e política de Jacques Rancière, a reflexão busca, através da análise de algumas das imagens fotográficas da exposição “Elas, Madalenas” (Lucas Ávila, 2011), evidenciar como essas mulheres valem-se de recursos da ordem do visível para performar gênero e, ao mesmo tempo, dão a ver questões de sua exclusão sistemática dos espaços de discurso presentes na sociedade. O esforço empreendido foi no sentido de tentar entender como mulheres trans, através da maquiagem, das roupas, do cuidado com os cabelos e de tantos outros artifícios que fazem parte da aparência visível, se apropriam criativamente de seus corpos, elaboram uma linguagem própria e inventam uma forma de vida cuja potência está no ato de aparecer, na construção de uma cena enunciativa argumentativa e performática animada pelo dissenso.
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