Na voz de um menino, o cinema e a epifania
DOI:
https://doi.org/10.22484/2318-5694.2020v8n19p221-234Resumo
A partir de uma conversa entre o cinema e a noção de epifania, este artigo destaca um possível lugar para pensar o que salta do universo potente e imaginário do cinema em poesia. Este diálogo é revelado a partir da análise da jornada do personagem principal do filme libanês Capharnaun, um menino que empenha uma via-crucis para conseguir o direito à cidadania. A tessitura desta reflexão se conecta as teorias da poesia do ritmo de Jean Epstein, aos debates sobre políticas das que saltam da obra que Jaques Ranciere, aos sentidos que emergem das telas por Thomas Elsaeser e Malte Hagener em diálogo com a produção de presença, conceito de Gumbrecht, que evoca nas potencialidades das representações que perpassam as materialidades do corpo, um possível lugar para as manifestações do discurso cinematográfico em estética e poesia.
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Referências
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