Esta é uma versão desatualizada publicada em 24-08-2021. Leia a versão mais recente.

A dupla perspectiva documentária e a formação de identidades em Adoniran Barbosa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22484/2318-5694.2021v9n21p24-44

Resumo

O artigo aborda a importância do documentário imagético e sonoro para debater os desafios do nosso presente. O filme analisado é Adoniran – Meu nome é João Rubinato (2018), de Pedro Serrano. As músicas analisadas trazem temas como imigração, verticalização, metropolização, despejo, diferenças sociais e apontam as transformações a partir da estruturação urbano-industrial da cidade de São Paulo. O estudo se ampara no conceito de voz no documentário a partir de Bill Nichols. A metodologia compreende a análise das músicas: Saudosa Maloca (1951), Abrigo de Vagabundo (1959) e Despejo na Favela (1969). O objetivo do artigo é propor a reflexão do documentário como uma forma criadora de significados e sentidos que emanam da história e dos contextos socioculturais. Conclui-se que a perspectiva documentária se dá por meio das experiências dos sujeitos e do imaginário das culturas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Urbano Lemos Junior, Universidade Anhembi Morumbi

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Audiovisual da Universidade Anhembi Morumbi, Bolsista Prosup/Capes. Mestre em Educação, pós-graduado em Teorias da Comunicação e graduado em Jornalismo.

Vicente Gosciola, Universidade Anhembi Morumbi

Pós-doutor pela Universidade do Algarve-CIAC, Portugal. Doutor em Comunicação pela PUC-SP. Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

Referências

ADONIRAN: Meu nome é João Rubinato. Direção de Pedro Serrano. São Paulo: Latina Estúdio Nation Filmes, 2018.

AMARAL, João Paulo Pereira do. Da colonialidade do patrimônio ao patrimônio decolonial. 2015. 158 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2015.

AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 1995.

BUFARAH JUNIOR, Álvaro. Adoniran de radioator a cronista da cidade de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 5., 2007, São Paulo, SP. Anais [...]. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2007. Disponível em: https://www.yumpu.com/pt/document/read/12938879/adoniran-de-radioator-a-cronista-da-cidade-de-sao-paulo-ufrgs.

CANDIDO, Antonio. Textos de intervenção. São Paulo: Duas Cidades, 2002.

CARROL. Noël. Ficção, não-ficção e o cinema de asserção pressuposta: uma análise conceitual. In: RAMOS, Fernão Pessoa (Org.). Teoria Contemporânea do Cinema. São Paulo: Editora Senac, 2005.

CAVENAGHI, Airton José. Saudosa maloca e o patrimônio imaterial constituído por Adoniran Barbosa. In: Encontro Regional de História, 20., 2010, Franca, SP. Anais [...]. Franca, SP: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2010. Disponível em: https://issuu.com/marcelooreilly/docs/0437-airtonjosecavenaghi.

LINS, Consuelo. O filme-dispositivo no documentário brasileiro contemporâneo. In: MESQUITA, Cláudia [et al.]. Sobre Fazer Documentários. São Paulo: Itaú Cultural, 2007, p. 44-51.

MATOS, Maria Izilda Santos de. A cidade que mais cresce no mundo: São Paulo território de Adoniran Barbosa. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 15, n. 3, jul. 2001.

MEDEIROS, Kênia Érica Gusmão. “Se o sinhô não tá lembrado...”: Cotidiano, representações e identidade na obra de Adoniran Barbosa (1940–1970). 2011. 168 f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

MORAES, José Geraldo Vinci de. Metrópole em sintonia: história, cultura e música popular na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

NASCIMENTO, Larissa. “Lembrança eu tenho da Saracura”: notas sobre a população negra e as reconfigurações urbanas no bairro do Bexiga. Intratextos, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 25-50, 2014.

NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas: Papirus, 2012.

POLLAK, Michael. Memória e Identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992.

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... O que é documentário? São Paulo: Senac, 2013.

RAMOS, Fernão Pessoa. O que é documentário? In: RAMOS, Fernão Pessoa; CATANI, Afrânio (Org.). Estudos de Cinema – SOCINE 2000. Porto Alegre: Sulina, 2001.

ROSSINI, Miriam de Souza. O cinema da busca: discursos sobre identidades culturais no cinema brasileiro dos anos 90. Revista Famecos, Porto Alegre, n. 27, 2005.

SANGION, Juliana. Unicamp divulga lista de obras de leitura obrigatória para o Vestibular 2021. [S.I.]: Manchete, Unicamp, Campinas, 23 mai. 2019. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/noticias/2019/05/23/unicamp-divulga-lista-de-obras-de-leitura-obrigatoria-para-o-vestibular-2021. Acesso em: 29 jul. 2020.

TOMAIM, Cássio do Santos. O documentário como “mídia de memória”: afeto, símbolo e trauma como estabilizadores da recordação. Revista Significação, São Paulo, v. 43, n. 45, p. 96-114, 2016.

Downloads

Publicado

24-08-2021

Versões

Como Citar

LEMOS JUNIOR, Urbano; GOSCIOLA, Vicente. A dupla perspectiva documentária e a formação de identidades em Adoniran Barbosa. Tríade: Comunicação, Cultura e Mídia, Sorocaba, SP, v. 9, n. 21, p. 24–44, 2021. DOI: 10.22484/2318-5694.2021v9n21p24-44. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/triade/article/view/4640. Acesso em: 2 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS - OUTRAS PERSPECTIVAS