A vida nua e feminismos

notas sobre o filme Deus é mulher e seu nome é Petúnia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22484/2318-5694.2021v9n21p5-23

Resumo

A intenção deste texto é de analisar o filme Deus é mulher e seu nome é Petúnia tendo como referência teorias feministas, levando em consideração o conceito de homo sacer, desenvolvido por Giorgio Agamben. Para o autor, esse conceito se caracteriza pela vida que, mesmo sendo sagrada, pode ser eliminada sem causar dolo, responsabilidade ou culpa. O filme em tela mostra a personagem Petúnia que desafiou as práticas religiosas na intenção de ter uma outra condição de vida, assim, sua existência poderia ser aniquilada pelas práticas da biopolítica e pela destruição do espaço público e político.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Muriel Emídio Pessoa do Amaral, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp/Bauru), Universidade Norte do Paraná (Unopar)

Pós-doutorando em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), bolsista Capes. Doutor e Mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp/Bauru), doutorado sanduíche em Estudos Culturais pela Universidade de Aveiro (Portugal).

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

AGAMBEN, Giorgio. O estado de exceção. São Paulo: Boitempo, 2004.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1983.

ARENDT, Hannah. O que é política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2018.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo e totalitarismo: Rio de Janeiro: Companhia do Bolso, 2013.

BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

BUTLER, Judith. Cuerpos aliados y lucha política. 1 ed. Ciudad Autónoma de Barcelona: Paidós, 2017.

BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

COLLINS, Patrícia H.; BILGE, Silma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da Discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.

DEUS é mulher e seu nome é Petúnia. Direção de Teona Strugar Mitevska. Escópia: Pandora Filmes, 2019. (100min).

FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio Moral nas Relações de Trabalho. Campinas: Russell Editores, 2004.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

FOUCAULT, Michel. Nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1977.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.

GROS, Frédéric. Desobedecer. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

REVEL, Judith. Michel Foucault: conceitos essenciais. São Carlos: Claraluz, 2005.

RUBIN, Gayle. Políticas do sexo. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

SAFFIOTI, Heleieth I. B. Contribuições feministas para os estudos da violência de gênero. Cadernos Pagu, Campinas, n. 16, p. 115-136, 2001.

SIBILIA, Paula. O pavor da carne: riscos da pureza e do sacrifício no corpo-imagem contemporâneo. 2006. 197 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) – Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

VIGARELLO, Georges. História da beleza: o corpo e a arte de se embelezar do Renascimento aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

ZAMORA, Maria Helena. Os corpos da vida nua: sobreviventes ou resistentes? Lat.-Am. Journal of Fund. Psychopath. São Paulo, v. 5, n. 1, p. 104-117, 2008.

Downloads

Publicado

24-08-2021

Como Citar

AMARAL, Muriel Emídio Pessoa do. A vida nua e feminismos: notas sobre o filme Deus é mulher e seu nome é Petúnia. Tríade: Comunicação, Cultura e Mídia, Sorocaba, SP, v. 9, n. 21, p. 5–23, 2021. DOI: 10.22484/2318-5694.2021v9n21p5-23. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/triade/article/view/4775. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS - OUTRAS PERSPECTIVAS