Tensionamento discursivo em torno do movimento secundarista paulista
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2019v45n1p107-128Resumo
O objetivo deste trabalho foi verificar como a imprensa organiza a argumentação entre diferentes posições-sujeito materializadas no discurso sobre o movimento estudantil. Para tanto, foram analisadas sequências discursivas extraídas de matérias jornalísticas – publicadas na editoria de educação do jornal Folha de São Paulo – sobre as ocupações de escolas realizadas pelos estudantes secundaristas paulistas em 2015. No corpus foram identificadas duas designações diferentes e opostas: invasão e ocupação, que indicam o tensionamento discursivo em torno do movimento secundarista e, num sentido lato, como as manifestações da questão social são abordadas. Constatou-se que a designação invasão, que remete à posição-sujeito do governo estadual, apoia-se no direito à posse/administração do estabelecimento educacional, enquanto a designação ocupação, que remete à posição-sujeito dos estudantes secundaristas, apoia-se no direito ao ensino público.
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