O samba como processo comunicacional nos jornais Folha da manhã e Folha da noite, de 1930 a 1935
Resumo
Nesta pesquisa investiga-se o samba como processo cultural e comunicacional, a partir da indagação sobre sua presença e o tratamento dado ao tema pelos jornais A Folha da Manhã e A Folha da Noite, precursores da Folha de S. Paulo. Elege-se como corpus do trabalho as menções feitas ao tema samba, pelos dois jornais, no período entre 1930 e 1935. Como objetivo geral, busca-se problematizar os elementos que caracterizam o samba como um processo cultural e comunicacional. Os objetivos específicos são: a) discutir de que maneira estes elementos culturais e comunicacionais se singularizaram no samba paulista; b) verificar se o samba paulista está presente nos jornais, nos períodos pesquisados; c) analisar o tratamento dado por esta mídia ao tema samba. Como metodologia, optou-se por uma pesquisa exploratória e documental, com o levantamento do estado da questão, seguida de um histórico descritivo do samba no Brasil e em São Paulo, além da clipagem e da análise de conteúdo. Para os conceitos de comunicação e cultura, ampara-se nas ideias de Iuri Lotman, Vilém Flusser e Harry Pross. A discussão sobre o samba serve-se de Muniz Sodré, Roberto Moura, Carlos Sandroni, José Geraldo V. Moraes, Antonio Pedro Tota, entre outros. Nilson Lage auxilia na compreensão da estrutura da notícia. Conclui-se que o tema samba, nos jornais e no período analisados, surge associado à marginalidade e, depois é apropriado pelo Estado como forma popular de comunicação, além de transformar-se, pouco a pouco, em produto de mercado, cujo modelo é o carnaval do Rio de Janeiro.
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