A contribuição da literatura surda na ampliação dos conceitos de tradução e adaptação
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2016v42n1p51-67Resumo
Traduções, adaptações, criações. Assim podemos classificar as obras que compõem a literatura surda, conceito muito recente, já que, embora a existência dos surdos, de suas práticas sociais e formas de comunicação seja tão antiga quanto a humanidade, apenas na década de 1980 os estudos surdos começaram a acontecer no Brasil e apenas em 2002 a língua brasileira de sinais (Libras) foi oficialmente reconhecida como língua pelas leis brasileiras. Por isso ainda são escassos os estudos acadêmico-científicos nacionais sobre a Libras, as culturas surdas brasileiras, seus costumes e produções, entre eles a prática de contar histórias. Essa prática faz parte da tradição surda, como ocorre em qualquer comunidade, mas não contava com os registros e a sistematização que hoje vêm se desenvolvendo no meio científico. Considerando as peculiaridades da literatura surda — conjunto de narrativas em línguas de sinais que incorporam elementos da cultura surda, como define Karnopp (2008; 2010), e, mais do que isso, conjunto de obras literárias bilíngues, sejam elas criadas, traduzidas e/ou adaptadas, em versão impressa ou em vídeo — argumentamos a favor da presença de seus estudos nos campos dos estudos da tradução e da adaptação, convencidas que estamos do potencial de enriquecimento mútuo dessas práticas e suas pesquisas.Downloads
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