Ficção científica e política econômica em "O Homem do Futuro"
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2018v44n2p227-239Resumo
Desde o início de seu processo de formação, o Brasil tem sido clamado como “o país do futuro”. Mesmo com alternâncias de regimes e projetos políticos, tal mito se renova e se sustenta. Como objeto cultural e midiático, o cinema, e a ficção científica como um de seus gêneros, propaga discursos que vão além de uma questão plástica, tendo efeitos políticos e sustentando ideologias (Kellner, 2001). A partir de uma metodologia que une a semiótica greimasiana à análise do discurso sob o ponto de vista dos Estudos Culturais, temos como objetivo analisar como o discurso desenvolvimentista está inserido no filme O homem do futuro (Claudio Torres, 2011), levando em conta o momento histórico e cenário político da época. Os resultados nos permitem fazer um paralelo da evolução narrativa com as mudanças no cenário econômico do Brasil entre 1991 e 2010.
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