Educação em direitos humanos, drogas e redução de danos
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2020v46n2p425-446Palavras-chave:
Direitos humanos, Drogas, Redução de danosResumo
Essa pesquisa-ação buscou compreender a visão de adolescentes da periferia de Curitiba sobre a violência e o uso abusivo de álcool e outras drogas por meio de uma abordagem de educação em direitos humanos. O objetivo foi conhecer como a juventude exposta a um cotidiano de violência e drogadição vivencia e se expressa nessa realidade. Além disso, procurou-se avaliar se a educação em direitos humanos pode ser uma estratégia de redução dos danos sociais e psíquicos para adolescentes em territórios vulneráveis. Para isso, realizaram-se seis abordagens com os jovens e trabalharam-se temas relacionados a direitos humanos, drogas e violência. Como resultado constatou-se que a vulnerabilidade social atua como fator de angústia e sofrimento, principalmente sob o aspecto do racismo, e esse contexto potencializa os riscos para o uso problemático de álcool e outras drogas.
Downloads
Referências
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 24. jun. 2019.
BRASIL. Departamento Penitenciário Nacional. Levantamento nacional de informações penitenciárias: Atualização – junho de 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/relatorios-sinteticos/infopen-jun-2017-rev-12072019-0721.pdf. Acesso em: 24 jun. 2019.
BRASIL. Presidência da República. Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, abr. 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm. Acesso em: 23 mar. 2020.
CÂMARA, Gabriel. O papel da droga para o sujeito no mal-estar da civilização atual. Cógito, Salvador, n. 13, p. 53-57, 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-94792012000100008. Acesso em: 26 maio 2019.
CFP - Conselho Federal de Psicologia. Relatório da inspeção nacional em comunidades terapêuticas. Brasília, DF, 2017. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/06/Relat%C3%B3rio-da-Inspe%C3%A7%C3%A3o-Nacional-em-Comunidades-Terap%C3%AAuticas.pdf. Acesso em: 24 jun. 2019.
DAMASCENO, Marizete; ZANELLO, Valeska. Saúde mental e racismo contra negros: produção bibliográfica brasileira dos últimos quinze anos. Psicol. cienc. prof. [online]. Brasília, v. 38, n. 3, p. 450-464, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v38n3/1982-3703-pcp-38-3-0450.pdf. Acesso em: 15 abr. 2019.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FONTE, Carla. Comportamentos aditivos: conceito de droga, classificações de drogas e tipos de consumo. Revista da Faculdade de Ciências da Saúde, Porto, n. 3, p. 104-112, 2006. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/533/1/104-112FCS2006-10.pdf. Acesso em: 14 jun. 2019.
FREITAS, Fernando; AMARANTE, Paulo. Medicalização em psiquiatria. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.
FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
GEHRING, Marcos. Comunidade terapêutica: análise sócio demográfica, perspectivas, percepções e motivos para a recaída de residentes do esquadrão da vida de Bauru - SP. Revista do Laboratório de Estudos da Violência da UNESP/Marília. Marília, n. 14, p. 71-97, 2014. Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/levs/article/view/4211. Acesso em: 25 jun. 2019.
KARAM, Maria. Direitos humanos, laço social e drogas: por uma política solidária ao sofrimento humano. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Drogas, direitos humanos e laço social. Brasília, DF: CFP, 2013. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/07/Drogas-Direitos-Humanos-e-Laco-Social.pdf. Acesso em: 24 jun. 2019.
LANCETTI, Antonio. Contrafissura e plasticidade psíquica. São Paulo: Hucitec, 2015.
MACHADO, Letícia; BOARINI, Maria. Políticas sobre drogas no Brasil: a estratégia de redução de danos. Psicol. cienc. prof., Brasília, DF, v. 33, n. 3, p. 580-595, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pcp/v33n3/v33n3a06.pdf. Acesso em: 23 mar. 2019.
NOGUEIRA FILHO, Durval Mazzei. A toxicomania entre a psicanálise e a psiquiatria. Revista Temas: Teoria e Prática do Psiquiatra, São Paulo, v. 32, jan./dez., 2002. Disponível em: https://www.psiquiatriageral.com.br/farma/toxicomania.htm. Acesso em: 1 out. 2020.
QUEIROZ, Isabela. Os programas de redução de danos como espaços de exercício da cidadania dos usuários de drogas. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 21, n. 4, 2001. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932001000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 23 mar. 2020.
SANCHEZ, Zila. Prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas. Brasília, 2017. Disponível em: http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170426-131721-001.pdf. Acesso em: 24. jun. 2019.
SILVEIRA, Dartiu. Política atual de álcool e outras drogas e perspectivas. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Drogas, direitos humanos e laço social. Brasília, DF: CFP, 2013. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/07/Drogas-Direitos-Humanos-e-Laco-Social.pdf. Acesso em: 24 jun. 2019.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
ZAMORA, Maria. Desigualdade racial, racismo e seus efeitos. Fractal, Ver. Psicol., Niterói, v. 24, n. 3, p. 563-578, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/fractal/v24n3/09.pdf. Acesso em: 14 abr. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A responsabilidade sobre o conteúdo das publicações são total e exclusiva dos autores, que mantêm os direitos autorais e atribuem o direito de primeira publicação para a REU - Revista de Estudos Universitários. Ao submeter o artigo, o(s) autor(es) garante(m) que ele não contém nenhuma violação de quaisquer direitos autorias.