A prostituta e o outro: reflexões sobre a noção de alteridade nos discursos e práticas institucionais
Resumo
O artigo discute as formas como se manifesta a noção de alteridade nos discursos e práticas de três importantes instituições da cidade Sorocaba (SP), que lidam com a prostituição de rua no centro da cidade: um dos Conselhos de Segurança da cidade, uma instituição religiosa e uma ONG. As prostitutas, historicamente, têm sido vítimas de discriminação e exclusão, atualmente vivenciam uma situação de vulnerabilidade social, e a sociedade discute formas de atendimento e de inclusão deste grupo social. Para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, é necessário compreender práticas discriminatórias e mecanismos de segregação e exclusão, e construir conhecimento sobre as relações de alteridade. A investigação se deu por meio da realização de entrevistas semiestruturadas com representantes das instituições e da análise de documentos produzidos pelas mesmas. Tomando como referencial teórico os níveis de alteridade descritos por Denise Jodelet, concluiu-se que, para a ONG, a prostituta é vista como sujeito de direitos, como outro-semelhante; a Igreja a vê como estrangeiro, com empatia, mas sem identificação; o CONSEG estabelece com ela uma relação de alteridade radical, vê a prostituta como alguém que deve ser socialmente excluída.Downloads
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Como Citar
AFONSO, Mariana Luciano; SCOPINHO, Rosemeire Aparecida. A prostituta e o outro: reflexões sobre a noção de alteridade nos discursos e práticas institucionais. Revista de Estudos Universitários - REU, Sorocaba, SP, v. 40, n. 2, 2014. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/reu/article/view/2135. Acesso em: 12 dez. 2024.
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Artigos
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