A filosofia como ciência de rigor
Resumo
A Filosofia, pelas suas intenções históricas a mais alta e mais rigorosa de todas as ciências, a representante da aspiração imperecível da Humanidade para o conhecimento puro e absoluto (e intrinsecamente para a valorização e volição puras e absolutas), não sabe constituir-se em verdadeira ciência. A mestra cuja vocação é ensinar a obra eterna da Humanidade, nem sequer sabe ensinar objetivamente. Kant costumava dizer que não se podia ensinar a Filosofia, mas apenas o filosofar. Que é isto senão confessar que a Filosofia não é ciência? O ensino e o estudo podem ir até onde chega a verdadeira ciência, e o sentido é o mesmo por toda a parte. Pois o estudo científico não é nunca recepção passiva de matérias alheias ao espírito, a sua base é sempre a auto- atividade, a reprodução íntima, dedutiva e indutiva, das intelecções racionais dos espíritos criadores. A Filosofia não pode apreender-se, porque nela não existem semelhantes intelecções objetivamente compreendidas e fundamentadas, e, o que significa o mesmo, porque ela carece ainda dos problemas, métodos e teorias bem definidas nos seus conceitos e plenamente esclarecidas no seu significado.
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