Redes de economia solidária

estratégias para a captação de recursos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22484/2177-5788.2020v46n2p469-495

Palavras-chave:

Política pública, Economia solidária, Saúde mental

Resumo

A política brasileira de Saúde Mental tem como um de seus objetivos promover, por meio do trabalho, a inclusão social de pessoas com transtorno mental. A Economia Solidária, em paralelo, é uma proposta de organização do trabalho pautada na solidariedade, autogestão e preocupação com o ser humano. Em confluência, empreendimentos e redes vinculadas à Saúde Mental vêm sendo erigidos, com base nesses ideais. Este artigo descreve estratégias desenvolvidas por uma destas redes, tendo como recorte a captação de recursos. A pesquisa qualitativa foi estruturada pelo método da pesquisa-ação, sistematizando informações de ações da rede por meio do diário de campo. Como resultados, são apresentadas estratégias para captação de recursos, humanos e financeiros, ressaltando potências próprias às Redes de Economia Solidária.

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Biografia do Autor

  • Caique Lima Sette Franzoloso, Universidade Federal do Paraná

    Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2018). Atualmente realizando Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Especialização em Gestão de Projetos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). 

  • Jhenifer Geisa Burnagui, Escola de Saúde Pública do Paraná

    Terapeuta Ocupacional residente no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental do Estado do Paraná (SESAPR/ESPP). Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Paraná (2016).

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Publicado

17-12-2020

Como Citar

Redes de economia solidária: estratégias para a captação de recursos. Revista de Estudos Universitários - REU, Sorocaba, SP, v. 46, n. 2, p. 469–495, 2020. DOI: 10.22484/2177-5788.2020v46n2p469-495. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/reu/article/view/3943. Acesso em: 13 dez. 2025.