Mulheres camponesas: identidades que resistem

Autores

  • Mariana Luciano Afonso
  • Rosemeire Aparecida Scopinho

Resumo

Este artigo é fruto de pesquisa realizada com mulheres camponesas de um assentamento rural da região de Sorocaba - SP. O assentamento é oriundo de reforma agrária e organizado pelo MST. O objetivo deste artigo é investigar identidades das mulheres camponesas após inserção no MST, associando-as às modalidades de vivência que emergem, no assentamento, no cotidiano das pessoas. O contexto rural brasileiro caracteriza-se, historicamente, pelo domínio dos latifúndios. Este domínio provocou e provoca êxodo rural e violência contra os povos do campo e das florestas. Neste contexto, a existência dos povos indígenas e camponeses configura-se como ato de resistência. Esta resistência é potencializada quando acompanha a preocupação em preservar e transmitir seus territórios e identidades. Essa preocupação tem se mostrado fortemente presente no MST, justificando a investigação relatada. A pesquisa teve como foco as mulheres camponesas em razão da situação especial de vulnerabilidade em que se encontram, em decorrência da desigualdade de gênero. A investigação se deu por realização de entrevistas semiestruturadas e observações diretas. O referencial teórico utilizado foi a Teoria das Representações Sociais. Conclui-se que, apesar de ainda permanecerem desigualdades de gênero no assentamento, ocorre um processo de ressignificação positiva da identidade feminina e fortalecimento da identidade camponesa.

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Publicado

28-12-2015

Como Citar

AFONSO, Mariana Luciano; SCOPINHO, Rosemeire Aparecida. Mulheres camponesas: identidades que resistem. Revista de Estudos Universitários - REU, Sorocaba, SP, v. 41, n. 2, 2015. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/reu/article/view/2427. Acesso em: 2 dez. 2024.