Pensar a Tradução: proposta para uma retradução de Gargantua
DOI:
https://doi.org/10.22484/2177-5788.2016v42n1p245-257Resumo
Este trabalho apresenta as linhas que orientam o trabalho em andamento referente à retradução da obra Gargantua, de François Rabelais, publicado em 1534. Mas por que retraduzir? Para "atualizar" textos considerados "clássicos"? Para "permitir uma nova vida à obra e, porventura, rever algumas escolhas em traduções anteriores?" Somente grandes textos, aqueles que segundo Ezra Pound, conservam "uma frescura eterna e irreprimível", seriam merecedores de uma retradução? Seria quem sabe o caso de retraduções com objetivo único de atender as necessidades do mercado? A retradução de Gargantua objetiva contribuir para os Estudos Literários e de Tradução, através de uma reflexão sobre a prática tradutória e o papel do tradutor. Segue alguns preceitos sugeridos por Antoine Berman (BERMAN,A. 2008). Sua execução observa, principalmente, três aspectos: a obra/autor, o tradutor e o leitor. Atenção especial à marca do tradutor, a partir da questão: até que ponto sua identificação implica defeito a interferir na fidelidade? Vale lembrar, apesar de óbvio, que tradução é tradução, não se trata da obra original em língua estrangeira equivalente em forma e sentido. Tradução é fruto do trabalho do tradutor e este deve apreender ao máximo as ideias do autor, seus propósitos e motivações, para então realizar seu trabaljho, sem menosprezar o príncipio fundamental que diz respeito a ligação entre tradução e seu original.
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