A produção de subjetividades na escola:
uma reflexão sobre o poder disciplinar no contexto escolar
DOI:
https://doi.org/10.22483/2177-5796.2017v19n1p181-196Abstract
Neste artigo, discutimos o poder disciplinar, com seus dispositivos de controle e normalização, presente nos enunciados de professores/as e como esse poder subjetiva os/as alunos/as a partir dos ideais modernos de uniformização e homogeneização. A análise é fruto de pesquisa realizada por meio de entrevista semiestruturada com professores/as que atuam do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental em uma escola pública estadual. Para a análise dos enunciados dos/as professores/as, tomamos como referência os estudos foucaultianos e mostramos como o poder dos dispositivos disciplinares, postos em ação no currículo escolar, atua sobre os/as alunos/as. Os/As professores/as, capturados/as pelas formações discursivas do poder disciplinar, recorrem à vigilância hierárquica, à sanção normalizadora e ao exame como estratégias para produzir sujeitos com uma identidade única. Ao percebermos que o poder disciplinar age no espaço escolar produzindo subjetividades normalizadas, podemos desnaturalizar a ideia de um sujeito que preexiste às relações de poder e abrir espaços para a produção de múltiplas subjetividades.
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