Como criar uma paisagem em ruínas? Deslocamentos, desconstruções e a insistência de pensar a Educação Ambiental no Antropoceno
DOI:
https://doi.org/10.22483/2177-5796.2019v21n1p19-38Resumo
Este ensaio é sobre o processo de criar ruínas – por meio do radical estranhamento com relação a discursos que nos são caros, familiares e confortáveis – e passar a [gostar de] habitá-las. As ruínas criadas são o resultado de deslocamentos e desconstruções que efetuados por estudos afinados com perspectivas teóricas pós-estruturalistas. A proposta consiste em favorecer a invenção de outras paisagens em Educação Ambiental, nas quais não nos sintamos tão seguros, mas que talvez por isso mesmo sejam instigantes e desafiadoras por permitirem uma sensação de desorientação e desfamiliarização. A Educação Ambiental é constituída e marcada por verdades e certezas, tanto provindas do campo da educação quanto do que poderíamos chamar de “metanarrativas ambientais” – as verdades ambientais que nos interpelam. A fim de imprimir rasuras e instalar fissuras nessas metanarrativas, foram focalizadas provocações, ideias explosivas, vindas de dois “lugares” diferentes: a desconstrução dos conceitos de meio ambiente e natureza feita por Bruno Latour e colaboradores; e as mordazes críticas aos discursos ambientalistas feitas em um vídeo pelo filósofo Slavoj Žižek. A partir dessa insólita combinação, acredita-se ter provocado alguns desmoronamentos, algumas rachaduras, produzindo, quiçá, espaços vazios que venham a ser ocupados de formas inventivas pelos educadores ambientais.
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