Considerações históricas sobre a dimensão ético-política da educação
Resumo
É impensável um processo educativo que não envolva comportamentos e valores ou que não tenha em vista a participação do indivíduo na sociedade. Tais revelações variaram ao longo da história em razão das flutuações quanto às concepções de homem, às relações indivíduo/sociedade e à diferenciação de ênfase nos múltiplos aspectos envolvidos nessas relações. Neste trabalho, investiga-se, desde uma perspectiva histórica, algumas dessas flutuações em duas grandes vertentes. A primeira, situada na Grécia clássica, considera que educação, ética e política não apenas pertencem ao mesmo âmbito, mas são indissociáveis. A segunda, iniciando-se no período helenístico e prolongando-se até a modernidade, desvincula a educação da esfera política, circunscrevendo-a ao aprimoramento ético e intelectivo do indivíduo. A terceira volta-se para o equacionamento de educação, ética e política no contexto capitalista, em cujo interior germinam posturas antagônicas. Uma nova concepção de subjetividades promove o abandono da noção de subjetividade, para configurar diferentes subjetividades condicionadas por interesses de classe opostos, às quais corresponde uma oposição quanto à interpretação do real e às propostas educativas. Conclui-se que se trata não de apontar idealisticamente a educação como transformadora da realidade social, mas sim de constatar modificações ao nível da realidade e pensar a contribuição da educação para um processo de mudança já instalado no próprio real.Downloads
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