Tauromaquia, aventura e educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22483/2177-5796.2021v23n3p885-898

Palavras-chave:

Tauromaquia, Presença, Educação.

Resumo

Este trabalho parte do universo da tauromaquia em Michel Leiris e Pablo Picasso na direção das reflexões de Hans Ulrich Gumbrecht sobre a educação, especialmente sua preocupação em relação à apatia que os alunos demonstram nas humanidades. A tauromaquia funciona como uma alegoria que porta qualidades para pensar o impulso da coragem, da atenção e do interesse na lida com o conhecimento. Poderíamos falar sobre os alpinistas e a necessidade da concentração no instante, mas a tauromaquia atinge um universo imaginário muito maior, talvez pela sua ancestralidade cultural. De fato, Leiris e Picasso queriam criar como um toureiro diante do touro, aberto ao império do instante e do risco. Desenvolvemos, neste ensaio, algumas considerações sobre a educação como uma aventura do saber, exortando os professores a promoverem abalos intelectuais nos seus alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fábio Baracuhy Medeiros, Sindicato de Hotéis, Restaurante bares e similares de Florianópolis

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Advogado do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis. 

Ana Maria Hoepers Preve, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Graduação em Biologia e mestrado em Educação pela UFSC; doutorado em Educação pela UNICAMP na área de concentração Educação, conhecimento, linguagens e arte. Professora adjunta no Curso de Geografia e professora permanente no Programa de Pós Graduação em Educação na linha de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). 

Referências

BATAILLE, Georges. A literatura e o mal. São Paulo: Autêntica, 2015.

DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2003.

GAGNEBIN, Jean-Marie. Walter Benjamin: cacos da história. São Paulo: N-1 Edições, 2020.

GOYATA, Júlia Vilaça. George Bataille e Michel Leiris: a experiência do Sagrado. São Paulo: Humanitas, 2016.

GUMBRECHT, H. U. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010.

GUMBRECHT, H. U. Graciosidade e estagnação: ensaios escolhidos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

GUMBRECHT, H. U. Atmosfera, ambiência, stimmung: sobre um potencial oculto da literatura. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.

GUMBRECHT, H. U. Nosso amplo presente: o tempo e a cultura contemporânea. São Paulo: Unesp, 2015.

JUNGER, Ernest. Drogas, embriaguez e outros temas. Lisboa: Relógio D' Água Editores, 2001.

LANDSBERG, Paul Ludwig. Ensaio sobre a experiência da morte e outros ensaios. Rio de Janeiro: Editora Puc Rio, 2009.

LEIRIS, Michel. Espelho da tauromaquia. São Paulo: Cosac Naify, 2001.

LEIRIS, Michel. A idade viril. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

MAILLIS, Annie. Picasso ou de la peinture considérée comme une tauromachie. Critique, Paris, v. 8-9, n. 723-724, p. 608-622, 2007. Disponível em: http://www.cairn.info/revue-critique-2007-8-page-608.htm. Acesso em: 3 ago. 2020.

MONDZAIN, Marie-José. Van Gogh ou la peinture comme tauromachie. Paris: Les Éditions de L´Épure, 1996.

PROUST, Marcel. O tempo redescoberto. São Paulo: Globo, 2013.

Downloads

Publicado

05-11-2021

Como Citar

MEDEIROS, Fábio Baracuhy; PREVE, Ana Maria Hoepers. Tauromaquia, aventura e educação. Quaestio - Revista de Estudos em Educação, Sorocaba, SP, v. 23, n. 3, p. 885–898, 2021. DOI: 10.22483/2177-5796.2021v23n3p885-898. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/quaestio/article/view/3997. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Demanda